Arichon Angelo
Apresentador do programa
TRIBUNA ABERTA na WRCP
as 8 e meia da manhã
Com o reajuste concedido pela presidente Dilma de 19,4% o Bolsa Família irá saltar do valor médio de R$ 96,00 para R$ 115,00. Isso simboliza para os beneficiados pelo programa um ganho importante no sentido do poder de compra. Para o orçamento, o governo federal estará elevando o volume do gasto em mais de 2 bilhões de reais que terá origem no enxugamento no orçamento de outros setores como por exemplo em outros programas sociais como a área de infância.O governo alega já ter R$ 1 bilhão reservado, apesar do corte anunciado. A presidente enviou ao Congresso projeto que abre crédito suplementar de R$ 755 milhões. O restante, R$ 340 milhões, virá do remanejamento de despesa do Ministério de Desenvolvimento Social.
Segundo informações da própria pasta, o Projovem perdeu 9,3% de seu orçamento, ou R$ 34,3 milhões. O valor destinado à erradicação do trabalho infantil foi reduzido em 9%. Terá agora cerca de R$ 250 milhões. O programa de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes recebeu uma tesoura de 10%, ou R$ 6,21 milhões. Terá neste ano cerca de R$ 55 milhões para as ações.
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em conflito com a Lei recebeu corte de R$ 2,5 milhões, ou 10% da previsão orçamentária para oano.O restante virá de um corte de 10% nas despesas opcionais do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Entre as despesas do FNAS, que totalizam R$ 26,7 bilhões, a imensa maioria é obrigatória. Por exemplo, R$ 23,1 bilhões são destinados a pagamento de pensão para idosos e para pessoas com deficiência. Esse valor é destinado a quem não recebe benefício previdenciário e tem renda mensal inferior a 25% do salário mínimo.
A verdade é que este volume vai favorecer a movimentação comercial no país já que é sabido que o valor retirado pelos pais no programa é utilizado em muitos outros setores comerciais além do alimentício. A indústria de bebidas alcólicas que o diga.
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